segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MUDAR

Ao ouvir Aguiar Branco referir-se ao
regresso à matriz de Sá Carneiro como
solução para o PSD, pergunto-me como
é isso possível sem roturas na " instalação ",
sem uma mudança irreversível para alterar as
lógicas de poder, sem uma renovação de quadros e
uma aposta na modernidade?

Os pressupostos inscritos na fundação, iam beber a
uma linha transversal à sociedade portuguesa.
As franjas populares, a classe média, as elites.
Como uma força una.

Um percurso sinuoso, de falsas ideologias, de poderes
repartidos, de consolidação de interesses pessoais, de
traições, de uma conspiração permanente,intolerância e
de ausência de solidariedade, transformaram
o PSD num partido sem ideais, sem ambição, sem colectivo,
"colado" a uma direita, a que claramente não pertence.

Quando percebo Aguiar Branco, um potencial candidato à
liderança, fechar os olhos ao óbvio, quando vejo o aparelho
lançar nomes em cadeia como minas e armadilhas, entendo como
é doloroso engolir um novo ar,a simples lufada de Pedro
Passos Coelho.

Há muito que o PSD não tinha uma oportunidade tão patente para
regressar à matriz inicial como desta feita.

Para que esse retorno se cumpra é obrigatório MUDAR.