quarta-feira, 28 de outubro de 2009

OS MIMOS

Chamam-lhe MIMO, é um museu de imagens em movimento,
e mudou-se para muito perto do Castelo de Leiria.
Reabriu esta semana, numas melhoradas instalações.
À primeira vista parece fantástico, mas quando se apresenta uma
renovada estrutura ainda sem condições para ser mimada, mais vale
estar quieto.
O MIMO foi reaberto, para que este facto ficasse ligado ao antigo elenco
governativo da cidade. À pressa, com objectivos de ligação aos leirienses
e visitantes, por definir.
Não se pedem inaugurações com pompa, reclama-se interactividade, e um
espaço que mexa com as populações.
O MIMO deve fechar, só reabrir quando dotado das valências imprescindíveis
para que foi criado, e associar eventos que valorizem a sua promoção. E francamente
lembro-me de dezenas de coisas que os leirienses podem viver, com a imagem, o cinema e a televisão.
Comunicar é fundamental, e isso voltou a não ser feito, quando ao fim de tantos anos
abriu o Moinho do Papel. A uma obra com o dedo de Siza Vieira, não deveria estar
associada, por exemplo uma discussão sobre a solução adoptada? Que tal, umas
jornadas de arquitectura? Que tal encher a cidade de pequenos moinhos de papel?
Que tal pôr as crianças a falar da sua história?
Que tal, que tal....
O MIMO e o Moinho do Papel, exemplos de como também na política, a pressa é
um desperdício de energia.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A MUDANÇA

Pois, a parte mais difícil da mudança, é
mudar!

E se mudássemos a mudança? Sei lá, tipo
resumirmos a dita, ao acto de pensar.
Ok, a ideia de mudar até parece aliciante,
mas acontece que dá muito trabalho.

Não é o que pensam quase todos? Pelo menos
muitos utilizam o conceito, a mudança, como
forma de sensibilizarem a populaça. E alguns, seja
por mérito próprio, seja por inércia do adversário,
conseguem!

A primeira parte está feita.
Segue-se o trabalho, a determinação, mas sobretudo
a coragem.
Para mudar!
Mudança sugere transformação, demolição do estado
das coisas, arrasar com os modelos instalados, romper
com as mentalidades, com os preconceitos.

Mudar apatia por dinâmica.
E essa é a factura que é preciso pagar.
Quando se promete mudança, há que
mudar.
Mesmo!
E isso é o que eu espero, por exemplo de
Raul Castro.

Ao mudar, fere-se. Susceptibilidades, espíritos.
Criam -se inimigos, incompreensões, processos
de rejeição.

Só assim, é uma mudança séria.

E se como objectivo inicial, pensarmos em
mudar as mentalidades?
A vida não é só, as " farpelas " que exibimos,
as " máquinas " que montamos, a maledicência
que amiúde cultivamos.

É preciso urbanidade, visão e solidariedade.

E digo-lhe Raul Castro, é preciso marcar.
O sucesso depende da sua marca.
E essa pode estar na mudança.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ONDE FICA LEIRIA?

Nas televisões, nas rádios, Leiria foi tratada como um
pequeno concelho do interior do país.
E este desprezo, este desconhecimento, estão objectivamente
ligados à mudança política na cidade, à subida ao poder de Castro
e à derrota de Damasceno.
Leiria é uma capital de distrito com uma importância vital no
tecido sócio-económico nacional, e contudo, os media não conhecem,
não sabem onde fica.
Leiria não está no mapa! É noticia pelos crimes ambientais, pelos disparates
urbanísticos, e pouco mais.
E foi isso que os leirienses penalizaram.
Querem mais qualidade de vida, mais orgulho, mais urbanidade, querem uma
cidade mais cosmopolita. Conhecida por grandes eventos, pela organização, pela
criatividade, pelas iniciativas culturais, pelas parcerias público-privadas.
Damasceno colocou-se num pedestal, Castro foi genuíno. E apesar de uma campanha
aparentemente fraca do ponto de vista da comunicação, o candidato dos socialistas
aproveitou e bem
as trapalhadas do PSD local, e uma boa implantação em várias freguesias.
Leiria não precisa de absurdos, de " islas mágicas ", de " capital europeia da cultura ".
E também não, de " museus de cera "!
Precisa de projectos sensatos, de estratégias, de visões a médio e longo prazo.
E de comunicar, sempre!
Precisa de ligar as pessoas à cidade.
A cidade ao país!
Castro era um " mau " candidato?
Que seja um bom presidente.

sábado, 3 de outubro de 2009

A DÚVIDA

Corre o ano de 1985. Estamos em Maio. Um homem em mangas
de uma branca camisa " triple marfel ", conduz um automóvel pela EN1,
acompanhado de sua mulher.

De repente " atira " com vigor, o seu carro
para uma berma da estrada.

Está aborrecido, sai perseguido pela questão que o " martela "
constantemente.

- " será possível alguém do exterior, entrar no meu computador e conhecer
os meus imeilhes?!"

A dúvida não o larga, o homem pontapeia uma roda da viatura, e diz;
- "anda Maria, entra que este carro tem que chegar à Figueira "!

O carro era um Citroën, e foi assim que tudo começou.